domingo, 15 de março de 2015

O desafio da convivência na sociedade contemporânea


Todo nós seres humanos nascemos com uma sede existencial. Uma necessidade de compreender nossa origem, o sentido de nossa existência e os propósitos pertinentes à vida.
Para responder a essas questões o homem precisa mergulhar dentro de si mesmo e trilhar uma jornada de autoconhecimento. Sem percorrer esse processo do autoconhecimento, torna-se mais dificultoso o processo de convívio social, bem como o desenvolvimento e a execução de suas diversas atribuições enquanto indivíduo nas variadas esferas da vida: familiar, acadêmica, profissional, e social.

Na sociedade contemporânea, vivemos em um sistema capitalista neoliberal que reduz o indivíduo a um agente de produção e consumo. Porém, aquele que possui autoconhecimento está ciente de que o estilo de vida competitivo proposto pelo consumo desenfreado, uma carreira de sucesso, e o acúmulo de riquezas constituem soluções paliativas frente às questões ontológicas.

Apenas o sujeito detentor do autoconhecimento sabe que a busca da autorrealização torna-se inviável e jamais será completa se não passar também pelo caminho do convívio social.

O verdadeiro sentido é encontrado quando o homem abandona o estilo de vida completamente autocentrado e passa a viver de forma diferente: não mais vive apenas em busca de autossatisfação, mas como agente transformador no contexto em que está inserido, ciente de suas habilidades e responsabilidades, vivendo também em prol do outro sob uma perspectiva comunitária, e é mediante esse processo que passa a desfrutar de um sentimento de completude.

É através do convívio com seus pares que o ser humano passa a experimentar um processo gradual de maturação no qual passa a desenvolver resiliência, percepção de interdependência, capacidade de administrar conflitos, e a coexistir de forma harmoniosa em meio às diferenças, participando de projetos para o bem comum e redescobrindo o contentamento no apoio mútuo.

No cenário atual em que vivemos, com o advento da tecnologia e os processos de evolução cada vez mais desembaraçados, onde a competitividade é cada vez mais fomentada, não basta preparar-se através de uma formação acadêmica para desempenhar seu papel enquanto profissional e cidadão, é necessário além de ter as competências necessárias para tal, saber aplicá-las de forma coerente, proativa, assumindo uma postura automotivada, flexível e relevante para seu entorno e as posições que ocupa diante da sociedade, ciente de que os processos são dinâmicos, e tão importante quanto aprender é manter-se no processo de aprendizagem contínuo.

 

 

 

 

 

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