segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O cansaço que nos cansa





Vivemos inseridos em um contexto no qual somos desafiados a comprar coisas das quais não precisamos para na maioria das vezes impressionarmos pessoas de quem não gostamos.

Somos pressionados a alcançar um padrão inatingível de beleza imposto pela mídia estimulada por uma sociedade que equivocadamente passou a valorizar mais a aparência do que o interior.

Impelidos pelo mundo corporativo a trabalhar mais, seguindo a lógica de que se produzirmos mais, ganharemos mais dinheiro, e se tivermos mais dinheiro, teremos uma vida mais confortável. 

Exaustos, buscamos na religião um caminho para nos livrar das tensões e aliviar os pesos que carregamos. Mas, não raras as vezes, nos sentimos ainda mais sobrecarregados, incluídos num ambiente aonde não podemos ser nós mesmos, nem admitir as nossas fraquezas.

O cansaço que sentimos não é oriundo da vida, mas da maneira como vivemos.

Em meio a esse frenesi Jesus nos chama carinhosamente e oferece descanso.



Sussurra com ternura em nossos ouvidos:

“Vocês estão cansados, enfastiados da religião? Venham a mim! Andem comigo e irão recuperar a vida. Vou ensiná-los a ter descanso verdadeiro. Caminhem e trabalhem comigo! Observem como eu faço! Aprendam os ritmos livres da graça! Não vou impor a vocês nada que seja muito pesado ou complicado demais. Sejam meus companheiros e aprenderão a viver com liberdade e leveza”. Mateus 11:28-30 A Mensagem – Bíblia em Linguagem Contemporânea

Cristo nos propõe um novo jeito de viver a vida com simplicidade e leveza, e nesse jeito diferente aprendemos que mais importante do que ter é ser.  O ter nos conduz à posse material que acaba por despertar e fomentar o egoísmo e a falta de altruísmo, enquanto o ser reafirma a nossa identidade e molda o nosso caráter à imagem e semelhança do próprio Deus.

Nosso conceito de beleza é resignificado, somos convictos de que devemos cuidar do corpo que é templo do Espírito, mas que a aparência pouco importa, porque a beleza é um estado de espírito que emana do âmago, um coração satisfeito resulta em um rosto formoso, e não existe um padrão estereotipado porque toda beleza é exclusiva e imperfeitamente bela.

Somos convidados a repensar a relação que estabelecemos com o consumo, cientes de que os bens mais valiosos do mundo são aqueles que dinheiro nenhum pode comprar, passamos a valorizar mais as experiências e relações. O dinheiro passa a ocupar um espaço diferente em nossa vida porque recursos financeiros compram conforto físico, mas, sabemos que necessitamos prioritariamente de conforto para a nossa alma.

Reinventamos a nossa experiência profissional, porque ter sucesso já não é tão importante assim, o que desejamos mesmo é exercer nossa vocação e frutificar através dos nossos dons e habilidades, com a convicção de que acordamos pela manhã e saímos para trabalhar cônscios do propósito de fazer o que estamos fazendo.

Nossa alma descansa quando nossa existência encontra sentido no Jesus Cristo que chamamos de Deus. Quando andamos verdadeiramente com Ele não carregamos pesos, nem da religião, tampouco da vida. Encontramos alegria em meio ao caos e refrigério para a nossa alma.



Mateus 11
28 "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso.
29 Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas.
30 Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve".

Texto elaborado a partir da preleção do pastor Alexandre Robles na Igreja Batista Memorial em Vila Rosária – São Paulo no dia 25 de janeiro







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