terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O que aprendi sobre dias terríveis horríveis nada bons muito ruins

O que aprendi sobre dias terríveis horríveis nada bons muito ruins



Tenho aprendido em minha não tão curta, nem tão longa jornada que “tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu...”; assim como diz o sábio em Eclesiastes 3:1.

Estou sendo ensinada por Deus, pela vida, estou aprendendo comigo mesma, com pessoas queridas e especiais, e novamente tive a feliz oportunidade de aprender em um domingo com Ed Rene Kivitz.

Oportunidade de pensar um pouco mais sobre a misteriosa, adorável e ao mesmo tempo, difícil arte de viver. Tempo para meditar sobre nossa condição humana e saber que todos nós podemos e vamos certamente enfrentar dias horríveis, terríveis, nada bons, muito ruins.

Que não é razoável da nossa parte esperarmos que Deus nos livre dos males aos quais estamos todos sujeitos nesta vida terrena, e que muitas vezes somos  acometidos por tragédias das quais somos incapazes de decifrar da onde, porque ou de que forma foram originadas.

Porém, embora façamos parte de um ciclo de vida no qual “há tempo para nascer e tempo para morrer, tempo de matar e tempo de curar, tempo de derribar e tempo de edificar, tempo de chorar e tempo de rir, tempo de prantear e tempo de saltar de alegria, tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar, tempo de buscar e tempo de perder, tempo de estar calado e tempo de falar, tempo de amar e tempo de aborrecer, tempo de guerra e tempo de paz” Eclesiastes 3:2-8; podemos sempre ter a certeza de que o amor de Deus está conosco e nos sustenta, seja lá qual for a fase da vida que estivermos enfrentando, porque ele é Emanuel – Deus conosco.

Não podemos exigir de Deus ou nutrir a expectativa infantil de que seremos livrados de todas as intempéries da vida, mas há três coisas que podemos esperar de Deus no dia horrível, terrível, nada bom, muito ruim:

1.       Que a nossa vida não seja destruída, mas reconfigurada.
O mal não pode destruir as nossas vidas diante de uma tragédia ou situação inesperada, neste dia, no dia mal e escuro, nossa vida não é destruída, mas sim, reconfigurada. Coisas boas acontecem quando temos a vida reconfigurada. E nesse processo nos descobrimos e encontramos outra vida, ainda que através de uma situação jamais esperada ou desejada.

2.       Que Deus nos fortaleça e sustente.
A marcha do mal não pode parar a marcha do bem, no máximo, nos obriga a diminuir o passo, mas nenhum mal tem o poder de fazer parar a marcha do bem, no máximo, atrasá-lo. Deus nos dá capacidade para continuar sonhando mesmo em meio aos dias maus.

3.       Que Deus transforme o mal em bem.
A tragédia é sempre uma tragédia. No luto vamos chorar, na dor, vamos sofrer, não vamos ignorar ou mascarar os sentimentos, mas nutrindo a convicção de que Deus pode transformar o mal em bem.
Após o mal, Deus levanta pessoas que outrora foram “fracas e pequenas” em pessoas fortes e agigantadas.

Deus é especialista em nos fazer sonhar na noite escura. E os piores momentos da vida podem gerar os melhores resultados!

Portanto, viva, contente e grato pela dádiva da vida, a despeito se os dias forem ensolarados, chuvosos, nevoentos ou tempestuosos por quê:


Nossa vida é obra de tapeçaria é tecida de cores alegres e vivas
Que fazem contraste no meio das cores nubladas e tristes
Se você olha do avesso nem imagina o desfecho
No fim das contas tudo se explica
Tudo se encaixa tudo coopera pro bem
Música: O Tapeceiro – Stenio Marcius



O título deste texto faz alusão ao filme “Alexander and the Terrible, Horrible, No Good, Very Bad Day” o qual fala sobre Alexander de 11 anos (Ed Oxenbould) que passa pelo dia mais horrível e terrível de sua jovem vida: um dia que começa com chiclete preso em seu cabelo, seguido de uma calamidade após a outra. Mas quando Alexander conta para sua família animada sobre suas aventuras no dia desastroso, ele não encontra muito apoio e começa a pensar se as coisas ruins só acontecem com ele. Ele logo descobre que não está sozinho quando sua mãe (Jennifer Garner), pai (Steve Carell), irmão (Dylan Minnette) e irmã (Kerris Dorsey) se deparam com seu próprio dia terrível, horrível, nada bom, muito ruim.


Este texto foi elaborado a partir da ministração do preletor Ed Rene Kivitz em 17.10.2014 na Igreja Batista de São Mateus


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O cansaço que nos cansa





Vivemos inseridos em um contexto no qual somos desafiados a comprar coisas das quais não precisamos para na maioria das vezes impressionarmos pessoas de quem não gostamos.

Somos pressionados a alcançar um padrão inatingível de beleza imposto pela mídia estimulada por uma sociedade que equivocadamente passou a valorizar mais a aparência do que o interior.

Impelidos pelo mundo corporativo a trabalhar mais, seguindo a lógica de que se produzirmos mais, ganharemos mais dinheiro, e se tivermos mais dinheiro, teremos uma vida mais confortável. 

Exaustos, buscamos na religião um caminho para nos livrar das tensões e aliviar os pesos que carregamos. Mas, não raras as vezes, nos sentimos ainda mais sobrecarregados, incluídos num ambiente aonde não podemos ser nós mesmos, nem admitir as nossas fraquezas.

O cansaço que sentimos não é oriundo da vida, mas da maneira como vivemos.

Em meio a esse frenesi Jesus nos chama carinhosamente e oferece descanso.



Sussurra com ternura em nossos ouvidos:

“Vocês estão cansados, enfastiados da religião? Venham a mim! Andem comigo e irão recuperar a vida. Vou ensiná-los a ter descanso verdadeiro. Caminhem e trabalhem comigo! Observem como eu faço! Aprendam os ritmos livres da graça! Não vou impor a vocês nada que seja muito pesado ou complicado demais. Sejam meus companheiros e aprenderão a viver com liberdade e leveza”. Mateus 11:28-30 A Mensagem – Bíblia em Linguagem Contemporânea

Cristo nos propõe um novo jeito de viver a vida com simplicidade e leveza, e nesse jeito diferente aprendemos que mais importante do que ter é ser.  O ter nos conduz à posse material que acaba por despertar e fomentar o egoísmo e a falta de altruísmo, enquanto o ser reafirma a nossa identidade e molda o nosso caráter à imagem e semelhança do próprio Deus.

Nosso conceito de beleza é resignificado, somos convictos de que devemos cuidar do corpo que é templo do Espírito, mas que a aparência pouco importa, porque a beleza é um estado de espírito que emana do âmago, um coração satisfeito resulta em um rosto formoso, e não existe um padrão estereotipado porque toda beleza é exclusiva e imperfeitamente bela.

Somos convidados a repensar a relação que estabelecemos com o consumo, cientes de que os bens mais valiosos do mundo são aqueles que dinheiro nenhum pode comprar, passamos a valorizar mais as experiências e relações. O dinheiro passa a ocupar um espaço diferente em nossa vida porque recursos financeiros compram conforto físico, mas, sabemos que necessitamos prioritariamente de conforto para a nossa alma.

Reinventamos a nossa experiência profissional, porque ter sucesso já não é tão importante assim, o que desejamos mesmo é exercer nossa vocação e frutificar através dos nossos dons e habilidades, com a convicção de que acordamos pela manhã e saímos para trabalhar cônscios do propósito de fazer o que estamos fazendo.

Nossa alma descansa quando nossa existência encontra sentido no Jesus Cristo que chamamos de Deus. Quando andamos verdadeiramente com Ele não carregamos pesos, nem da religião, tampouco da vida. Encontramos alegria em meio ao caos e refrigério para a nossa alma.



Mateus 11
28 "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso.
29 Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas.
30 Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve".

Texto elaborado a partir da preleção do pastor Alexandre Robles na Igreja Batista Memorial em Vila Rosária – São Paulo no dia 25 de janeiro